sábado, 16 de fevereiro de 2008

Beija-me!


«O cabelo ondulado tentava tapar o que o decote do vestido negro teimava em mostrar. Alheia à confusão que reinava Gilda observava uma loja de roupa para bebés. Quereria isto dizer alguma coisa? Aproximei-me de si tentando não a assustar. Entreguei-lhe o ramo de estrelícias, as suas eternas e exóticas flores. Deu-me um longo beijo, que supus apaixonado. As minhas mãos precorreram-lhe as curvas do seu delicioso corpo. "Quero ter um filho teu!" diz-me logo de seguida. Fiquei atónito, nada lhe respondi. Afinal queria dizer alguma coisa o facto de estar a ver aquela montra. Beijei-a de novo, agora com mais intencidade ainda. Os seus longos dedos despenteavam-me as melenas. Apertei-a ainda mais contra mim. Senti vindo de si o calor do nosso terrível amor.  O beijo foi eterno e logo de seguida terminou.»


Gilda

1 comentário:

abssinto disse...

Terno. Gostei bastante.

abraço