terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

My Jazz Singers #2

"My Funny Valenine" é uma das músicas que mais adoro (amo) do reportório americano. Esta música foi composta por Richard Rodgers e escrita por Lorenz Hart para o musical "Babes in Arms" que foi levado à cena na Broadway pela primeira vez em 1937. Depois de ter sido gravada por Chet Baker, Frank Sinatra, Miles Dives, entre outros, esta música tornou-se num dos standards do jazz mais tocados, cantados e gravados. Neste dia esplêndido em que se celebra e comemora o dia de todos os namorados e de todas as namoradas este "My Funny Valentine" não podia faltar.
A versão que deixo aqui é uma das que mais gosto. É da maravilhosa Ella Fitzgerald que gravou a primeira versão em 1956 para o álbum "Ella Fitzgerald Sings the Rodgers & Hart Songbook". Esta versão tem uma particularidade, é das poucas em que consta o poema completo, que pode ser lido em baixo. Lady Ella foi, e ainda é de certa forma, das jazz singers americanas que mais se destacou no panorama da música americana. Com uma voz cativante e poderosíssima, de dicção perfeita não podia faltar nesta minha listinha das melhores cantoras de jazz (para mim, claro).
Behold the way our fine feathered friend,
His virtue doth parade
Thou knowest not, my dim-witted friend
The picture thou hast made
Thy vacant brow, and thy tousled hair
Conceal thy good intent
Thou noble upright truthful sincere,
And slightly dopey gent

You're my funny valentine,
Sweet comic valentine,
You make me smile with my heart.
Your looks are laughable, un-photographable,
Yet, you're my favorite work of art.

Is your figure less than Greek?
Is your mouth a little weak?
When you open it to speak, are you smart?
But, don't change a hair for me.
Not if you care for me.
Stay little valentine, stay!
Each day is Valentine's Day

Is your figure less than Greek?
Is your mouth a little weak?
When you open it to speak, are you smart?
But, don't change a hair for me.
Not if you care for me.
Stay little valentine, stay!
Each day is Valentine's Day

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Downton Abbey

A série britânica "Downton Abbey" é o meu mais recente vício. Esta série histórica criada por Julian Fellowes para o canal privado ITV passa-se na fictícia Downton Abbey, a casa de campo do Conde e Condessa de Grantham, e segue a vida da família Crawley e dos seus empregados durante o reinado de George V. O primeiro episódio começa com a notícia do naufrágio do Titanic em 1912 e vai até ao começo da I Guerra Mundial. E mais nada conto que é para aguçar o apetite. A série que acabou de exibir a sua segunda temporada em Dezembro último tem andado a ganhar tudo o que é prémios e a terceira temporada promete.
Sempre tive um fascínio por séries históricas britânicas, mas as da BBC por vezes conseguem ser um pouco aborrecidas, parecendo quase sempre iguais entre si, mantendo-se muito nas intrigas familiares e quase nunca dando a perspectiva dos seus criados. "Gosford Park" (2001) de Robert Altman  foi o filme que melhor definiu esta dicotomia e estes dois mundos, o downstars e o upstars, que no fim de contas são apenas duas visões do mesmo acontecimento. "Downton Abbey" e a magistral obra de Altman fazem uma crítica mais ou menos feroz à sociedade da altura, que talvez não seja assim tão diferente da actual, apenas as guerras são outras e usam-se diferentes armas. As semelhanças entre ambos devem-se ao facto de Fellowes ter sido o responsável pelo argumento de "Gosford Park", pelo qual ganhou o Oscar para Melhor Argumento Original.
Todas as personagens são maravilhosas, claro que umas mais que outras. Todo o elenco é digno de se ver representar, mas os meus olhos têm-se deleitado com Rob James-Collier (na imagem aqui à esquerda) que me faz lembrar tanto, mas mesmo tanto um grande amigo meu, sobretudo nas expressões que faz com os olhos e a boca, são tal e qual, parecem separados à nascença. James-Collier interpreta o ambicioso Thomas Barrow capaz de (quase) tudo para atingir os seus propósitos, sabendo muito bem como usar o que lhe calhou em sorte. Na imagem de baixo pode ver-se Thomas e o Duque de Crowborough (Charlie Cox) num beijo ardente e fogoso que acontece logo no primeiro episódio da primeira temporada. São motivos de sobra para se ver esta brilhante série.
Promo da primeira temporada da série no canal ITV: