quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O meu primeiro beijo.

O Pinguim pediu-nos para relatarmos a nossa "primeira vez"... Tive várias primeiras vezes... algumas estão no segredo dos deuses e não podem ser partilhadas, outras foram brincadeiras, outras foram coisas sérias. Não sei qual a que conte... Vou romancear o meu primeiro beijo.
A primeira vez que beijei alguém, foi uma rapariga. Foi em Setúbal, onde eu vivi até aos 14 anos. Ainda me lembro dela. A Vanessa era na altura e aos meus olhos muito bonita e vistosa, morena de cabelos compridos e sedosos. É incrível, mas ainda me lembro do seu cheiro... cheirava a flores, a margaridas. Hoje em dia detesto perfumes com cheiro muito activo a flores. Éramos muito novos, devíamos andar no 5.º ou no 6.º ano. Foi na então Escola Preparatória do Bocage. O nosso "namoro" não durou mais que uns dois ou três dias, um de nós acabou por uma criancice qualquer, mas nunca mais me esqueço da sensação que tive ao beijar a Vanessa pela primeira vez. O meu sangue ferveu. Todo eu era nervoso miudinho. E eu termia, termia como se tivesse frio, muito frio. Nessa altura ainda não tinha dúvidas nenhumas. As dúvidas vieram depois, no mesmo ano, e as certezas, sempre falíveis, vieram mais tarde. Aliás, até essa altura nunca tinha pensado em beijos e namoros e essas coisas. Os rapazes daquelas idades não pensam nisso, quem pensa nisso são as raparigas, só elas... como estamos enganados com os estereótipos pré estabelecidos...
E o meu primeiro beijo foi maravilhoso, o sabor adocicado da sua boca extasiou-me e o aquele seu cheiro a flores drogou-me... até hoje...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Momento StarFM #1

"Que Sera Sera (Whatever Will Be, Will Be)" por Doris Day, música ouvida hoje às 6h48 na StarFM. Esta música e esta cantora e actriz dispensam apresentações... "Que Sera Sera (Whatever Will Be, Will Be)" de Jay Livingston e Ray Evans foi composta para o filme de 1956 "O Homem Que Sabia Demais" ("The Man Who Knew Too Much") de Alfred Hitchcock, tendo ganhado o Óscar para Melhor Música, Canção Original. É provavelmente o maior sucesso de Doris Day, curiosamente não é das músicas que a actriz mais gosta. Provavelmente por o filme ter sido desvalorizado pela crítica e pelo público à época. O que é certo é que a escolha de Doris para este thriller de Hitchcock foi olhada com alguma estranheza, mas as escolhas do realizador para os papéis femininos nos seus filmes foram sempre olhadas de lado. Hitchcock conseguia a proeza de arrancar interpretações soberbas das suas actrizes em filmes cujas performances são sempre deixadas para segundo plano. Este caso não é excepção, Doris Day tem uma das suas melhores interpretações no cinema, é soberba como mulher do homem que sabia demais.
Para recordar ficamos com a cena em que Josephine (Doris Day) canta comovida a música para uma plateia embevecida e para um marido, Dr. Benjamin (James Stuart), preocupado, com o objectivo de chamar a atenção do filho de ambos, Hank, (Christopher Olsen) que se encontra num dos quartos da casa...

sábado, 14 de janeiro de 2012

My Jazz Singers #1


Vou iniciar aqui uma série de posts com algumas músicas e sobretudo com algumas Jazz Singers, cantoras de jazz, eles ficarão para outras núpcias. Algumas, como a de hoje, poderão não ser propriamente e/ou verdadeiramente cantoras de jazz, mas que eu considero que deverão e poderão estar nesta minha pequena  grande lista.
Björk, nascida Björk Guðmundsdóttir em 1965 em Reykjavík, capital da Islândia. A sempre controversa cantora e também actriz tem uma carreira recheada de sucessos. No cinema protagonizou um dos melhores trabalhos de Lars von Trier, o  vencedor da Palma de Ouro em Cannes, "Dancer in the Dark" (2000), tendo-lhe sido atribuído o prémio de melhor actriz também em Cannes. Todos os seus álbuns têm tido sucesso, desde o "Debut" (1993) ao mais recente "Biophilia" (2011). De referir que no álbum "Post" (1995) Björk conseguiu a proeza de fazer nascer um novo clássico da música "It Oh So Quiet", um original de 1951 da cantora Betty Hutton. Björk surgiu ao mundo como a voz dos Sugarcubes em 1986, mas antes desse "nascimento" gravou um primeiro álbum, "Björk" (1977), quando tinha apenas 12 anos e em 1990 gravou "Gling-Gló", com o tríó Guðmundar Ingólfssonar. É deste álbum que  trago aqui a música "Í dansi með þér", a versão islandesa do mambo "¿Quién será?", um original mexicano de 1953, que se tornou muito conhecido em 1954 como "Sway". "Gling-Gló" é um álbum com uma vertente muito jazzística, que contem algumas músicas islandesas, algumas delas de embalar, como a que dá título ao álbum, alguns standarts do jazz, como o "I Can't Help Loving That Man" e algumas versões de músicas pop como "Ruby Baby". Enjoy...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

decisões

Já estive para escrever este texto várias vezes desde segunda-feira. Escrevo qualquer coisa e apago. Escrevo e guardo e apago novamente. Enfim...
Toda a gente é, ao longo da vida, confrontada com decisões que tem que tomar. Umas mais difíceis que outras. Há pessoas que me dão a sensação que nunca tomaram uma decisão na vida, apesar de as tomarem. Que a vida lhes corre, simplesmente lhes flui. O meu JR é uma dessas pessoas. Às vezes sinto inveja, uma inveja daquelas que faz cócegas, inveja da boa, e sorrio. Gosto de sorrir quando a vida corre, por e simplesmente corre. Mas nem sempre é assim. Sempre fiquei incomodado perante ter que tomar grandes decisões, daquelas que mudam e condicionam a nossa vida para sempre, daquelas que se tem que decidir entre o caminho da esquerda e o da direita e sabemos que nada voltará a ser como antes e que não podemos voltar atrás na decisão. Vai fazer em Agosto 19 anos, tinha eu apenas 14 anos, que tomei a minha primeira decisão e uma das mais difíceis da minha vida. Ainda hoje às vezes penso nela e sorrio, nem sempre sorrio, é certo. Foi apenas uma decisão, uma escolha, difícil é certo, mas que influenciou o homem que sou hoje.
Isto tudo para dizer que ando a matutar numa decisão que talvez tenha que tomar. Uma das que descrevi. Posso não a tomar agora e ser adiada por uns meses, mas que vai ter que ser realmente tomada. Poderá a decisão, dependendo da forma como será tomada, ser mais ou menos violenta. Poderei magoar-me e muito. E não sei como e no que me decidir. Já pareço o outro "Não sei se vá. Não sei se fique. Não sei se faça. Não sei se coma.". Que faço? É a pergunta que se coloca e que ainda não tem resposta. Mas irá ter... a ver vamos no que dá.
(Só para esclarecimento: falo de trabalho e de um projecto a médio e longo prazo que poderá afectar grandemente e gravemente a minha vida, tanto de forma positiva, como negativa.)

domingo, 8 de janeiro de 2012

Queres casar comigo?

Foi há dois anos que Portugal mudou e tornou-se um pouco mais humano e mais livre. Como romântico que sou, sou daqueles que quer casar e ter filhos, ter uma família. Essa família já a tenho, eu e o meu JR somos uma já família. Não temos planos para nos casar, não é isso que irá mudar alguma coisa na nossa felicidade. Sinceramente, confesso que me dava algum gozo, e claro muita felicidade e alegria, poder casar com o homem que amo na presença da minha família mais próxima...
Entretanto vale a pena ver de novo os cerca de 8 minutos de um dos melhores discurso de sempre que um deputado, neste caso Miguel Vale de Almeida,  fez na Assembleia da República: "No dia seguinte à efectiva possibilidade de dois homens ou duas mulheres casarem civilmente, se assim o entenderem, respiraremos um ar mais livre, cresceremos como democracia, promoveremos a inclusão e acarinharemos a diversidade na igualdade. Nesse dia, o arco-íris – símbolo da luta dos gays e das lésbicas pela sua dignidade plena - será também um símbolo da nossa República.".

sábado, 7 de janeiro de 2012

migrações

Isto não está fácil... Ainda não consegui migrar o outro blog para aqui, mas não vai ser por isso que isto não (re)começa.
Muito se tem falado em emigração nos últimos tempos. No meu blog (mais ou menos) político, O Chaparral, escrevi sobre "A emigração do Pingo Doce". No texto escrevi a dada altura que "Eu próprio já considerei emigrar mais do que uma vez, numa das vezes cheguei a ter as malas feitas para Liverpool.". É verdade. Estava tudo combinado para eu ir para Liverpool fazer uma formação para depois integrar uma equipa num paquete (um barcozeco). Não fui. À última hora esquivei-me e não fui. Fui desleal para quem me tinha "contratado", mas como ainda não tinha vinculo legal não me importei em não ir. O meu sexto sentido dizia-me para não ir que a coisa não iria correr lá muito bem. Hoje em dia não sei se não teria uma próspera carreira como "marinheiro", mas isso também pouca importância agora. Prefiro confiar no meu sexto sentido. Já houve alturas em que não confiei e lixei-me. Já houve alturas em que o meu sexto sentido estava desafinado e só deu sinal de si quando as coisas estavam concretizadas e eu já não podia saltar fora, por exemplo quando entrei em 2008 para o meu actual emprego. Mas isto é uma história para um outro post... Claro que isto dito assim, aliás escrito assim, parece um pouco leviano e sem seriedade nenhuma. Não parece, mas sou ajuizado, sempre fui, se calhar até em demasia. Na altura da ida para Liverpool não confiei na empresa, ou talvez não tenha confiado nas pessoas envolvidas no projecto. Ou até posso não ter confiado em mim próprio, dado que sou muito exigente comigo mesmo. Houve qualquer coisa que me fez recuar. O que importa é não haver arrependimentos ou frustrações do que não se faz. Com os incentivos que este governo anda a fazer à emigração, pode ser que um dia destes, coisa que duvido, esteja a escrever doutra cidade, doutro país, de Belgrado por exemplo...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Surpresa! Surpresa!

Decidido que estou em reabilitar este blog... ou melhor em reabilitar a minha prática de escrever sobre coisas minhas e banais (e não apenas sobre política ou cinema), vou transferir este blog para aqui: http://luisv-desde1979.blogspot.com/. A ver se 2012 começa bem... tudo influências de um certo Pinguim, de Dois Coelhos, de um Deus do Olimpo e outros que dão também cartas na blogosfera. Vemo-nos por aí...