quarta-feira, 23 de julho de 2008

Moscatel da Bacalhôa

«Acordou com frio. Olhou para a frente e viu a parede. Voltou-se e viu-o a ele. Dormia. Pelo menos aparentava dormir. Tinha a certeza que dormia. Passou as suas mãos pelo seu cabelo, estava oleoso. Não lhe tocou mais. Queria preservar aquele momento. Tapou-se e fechou os olhos. Adormeceu. Não foi bem aquele dormir verdadeiro. Dormitou. O seu sono estava muito leve. É normal, estava numa cama estranha, os estores não estavam totalmente corridos, e da porta do quarto entre-aberta via-se a luz clara do nascer do dia numa casa com vista para o Castelo. Mas tinha um sorriso nos lábios ao voltar a adormecer, lembra-se disso. Esse sorriso era motivado por lembranças dessa mesma noite. Como o convite para um Moscatel da Bacalhôa pode ser um (falso) motivo para algo mais...»

4 comentários:

pinguim disse...

Pelo menos é original...

Luís V disse...

Obrigado!

Eu próprio já tinha saudades das minhas ficções...

navegador..... disse...

Outra coisa para a lista: mais "Bacalhoa"!

Dormir, lembrar e saborear... é tão bom encontrar a casta certa. Mnham!

Bons ventos levam esta navegação... :-)

Luís V disse...

Essa "lista" está a tornar-se intreminááááável...